quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ela se vestiu do seu melhor sorriso,

e seguiu para a noite. Por dentro tudo se dilacerava só que ninguém precisava saber. Não trocaria os planos da noite por conta de algumas lágrimas que brotaram. A base seria um bom truque, ninguém iria reparar. Seguiu. A boate estava cheia, assim que entrou os olhares se voltaram pra ela. Vestida para matar. Seguiu para o bar, pediu um drink. Aproximou-se dela um homem, a voz dele instigou-a. Perca de tempo, naquela noite a ultima coisa que ela queria era conhecer alguém. Foi para a pista e começou a dançar. O dono daquela voz seguiu-a com os olhos. Chegou mais perto, ela por sua vez usou o truque do banheiro. Não adiantou. Depois de tentar fugir algumas vezes resolveu se render e conversar, o insistente não iria desistir tão cedo. Dançaram, beberam, riram. Foram para o apartamento dele, se deliciaram com um bom vinho! Quando ela deu por si eram dois corpos em um só. Pela manhã ela foi recebida com um belo café na cama. Voltou para casa, no final da tarde foi recebida com lindas violetas. Mesmo sem saber ele havia mandando suas flores preferidas. Mal ele sabia que era o homem certo na hora errada. Hora errada sim, além de machucada ela acabara de trancar na noite anterior todos os sentimentos dentro de um cofre e nem si quer lembrou-se de anotar a senha. Os dias se passaram e ela o ignorou. Hoje se pega pensando, e se tivesse atendido as ligações e respondidos as mensagens. Se tivesse trancado o medo de sofrer novamente e caído de cara na situação. E se... Só que nenhum desses “se” faz o tempo voltar. Quando resolveu ligar uma voz de mulher atendeu. Acabara de ter certeza que havia jogado tudo pela janela. Enquanto ele seguia feliz, ela continuava ali, com uma única diferença, além da dor das noites anteriores era embriagada pelo sentimento de arrependimento.